sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CIBERCULTURA

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

A evolução agrega formas variadas de acesso à diferentes situações de conhecimento. Com o advento da tecnologia, proporcionou ao homem possibilidades que só eram entendidas como de difícil e até impossível acesso.

Nesse momento, ao depararmos com a tecnologia, experimentamos vários sentimentos como: deslumbramento, curiosidade, inquietação, resistência, saudosismo, perda, satisfação, monotonia.... Compreensivelmente isso acontece levando em conta o fator psicológico, característica do ser humano, que lhe permite reagir, diferentemente, diante do “novo”. Com esse “novo” a tecnologia promoveu a cibercultura, a qual tem que ter a compreensão de uma trajetória irreversível.

No mundo contemporâneo, essa inovação tecnológica se faz presente no contexto social, atribuindo transformações na comunicação, no trabalho e no aprender. Assim, a apropriação de diferentes mídias torna-se uma condição sine qua non já em nosso mundo.

Afinal, nesse aspecto inovador, o que seria a cibercultura?

No momento as relações pessoais e todas as outras, que abrange nosso dia a dia, como: idéias, objetos, imagens e informações sejam de forma, inter ou intrapessoal, se fazem direta ou individualmente, a partir da conexão virtual, pelo auxílio da tecnologia, construindo, assim, a cibercultura. Dessa forma, poderemos considerar a cibercultura como um aglomerado de técnicas, práticas, atitudes, pensamentos e valores desenvolvidos junto a Internet, tornando-se o novo meio de comunicação, que acontece pela interconexão mundial de computadores.

Essa evolução veio, também, dar lugar ao ciberespaço como opção de espaço, para acesso de autonomia da clientela, que se constitui de diferentes pessoas, com diferentes proposições às inúmeras condições reflexivas, interpretativas, ligadas a informação.

Hoje, a educação, dentro do advento da tecnologia, contrai a associação do novo ao que já existe. No entanto, é necessário que os educadores tenham real consciência de que são outros tempos sem, contudo, entender que ao desenvolverem suas atividades, essa inovação surge como ferramenta à implementação do ensino.

A tecnologia não tem a pretensão de troca. O papel do educador permanece, observadas as transformações, dentro desse processo evolutivo, onde a educação tem desenvoltura desde o século XIX e chega ao século XXI numa difusão eficaz pelos novos meios de comunicação. Entretanto, o papel do educador permanece como construtor, formulador, norteador e mediador das inteligências coletivas na construção dos percursos de alcance a aprendizagem, que vai além do contexto da sala de aula.

O educador precisa na sua práxi, de uma reeducação de espaço resignificado, com base numa participação conjunta e interdisciplinar, remetendo a idéia de criação coletiva e interativa na ação construtora do conhecimento.

É importante que se determine, ainda, a cibercultura como a condição que caracteriza o dinamismo, interação, flexibilidade e troca sócias positivas, que funcionam como suporte ao armazenamento de informações, que surgem com a diversidade humana em intercambio complexo.

Pressupõe-se o conhecimento integrador do provisório, histórico e material, dentro de uma comunicação com múltiplas redes articulatórias de conexão e liberdade de troca, associação e significação, que converge na abordagem múltipla.

Sendo assim, é certo o impacto e resistência às inovações tecnológicas, que podem gerar o receio e inquietação. Entretanto, é preciso mobilizar o educador e todo o contexto social, a desvelar à busca permanente e consciente do desenvolvimento nessa rede complexa para que, finalmente, se alcance a integração da real posição assumida dentro dessa nova realidade contemporânea, denominada de cibercultura.

Liete Oliveira.

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