quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ainda na Geopolítica o Conhecido Globo Terrestre

GEOPOLÍTICA - Presença Relevante no Ensino Médio

GEOPOLÍTICA - Educação Brasileira

No inicio do século XX, o cientista político sueco Rudolf Kjellén, criou o termo Geopolítica. Inspirou-se na obra Politische Geographie (Geografia Política), de 1897, de Friedrich Ratzel.

Na década de 80, a Geopolítica surge como disciplina dentro da conjuntura do panorama do ensino brasileiro. É uma disciplina das Ciências Humanas, que mescla a Teoria Política à Geografias. É possível ver, ler e ouvir, indistintamente, Geopolítica em todos os meios de comunicação, seja de que forma for. O fato é que a Geopolítica se integrou dentro dos mais diferentes níveis de ensino.

Magnoli, em 1969, afirma que Geopolítica é a “ciência que concebe o Estado como um organismo geográfico, ou como um fenômeno no espaço”.

O entendimento do panorama geográfico mundial encontra-se, intrinsecamente, ligado pela relação com o poder. Estudo esse chamado de Geopolítica, que vem ganhando espaço dentro da conjuntura acadêmica, seja qual for o nível, numa perspectiva informativa e globalizada.

Sem dúvida a compreensão do espaço no planeta, surgiu através de várias cognominações, que se apresentaram e foram se transformando, ao longo do tempo, no sentido de nortear o entendimento e envolvimento dos conhecimentos Geográficos e Históricos, que se apresentam hoje como importante base da Geopolítica.

Sendo assim, as várias formas denominadas ao entendimento da formação do planeta, agora se incorporam a Geopolítica em outro contexto, que se identifica como uma inovação na conjuntura da educação brasileira.

Segundo alguns estudiosos, é bastante comum a utilização da palavra Geopolítica de modo equivocado. Entretanto, a Geopolítica incorpora produções acadêmicas de Geografia e História, que assim a representam. Por outro lado, o certo é que Geopolítica é um método de análise que utiliza os conhecimentos da geografia física e humana, para orientar a ação política do Estado.

A presença da Geopolítica surge aos alunos pela proposta de fazê-los compreender precisamente a abordagem, pela preocupação com o conjunto formado pelo confronto, disputa, domínio, volvidos a espaço, idéias e território, assim como permitir-lhes uma visão mais ampla, não só do resultado dos conflitos e transformações mas, também, das suas repercussões no mundo onde vivem.

No contexto do mundo de hoje vimos a presença da conjuntura espacial, política, econômica, social e cultural, as quais já faziam parte dele. Porém, agora, numa reorganização vinculada à várias abordagens de acontecimentos políticos-socias-econômicos mundiais, em partes representados pela fragmentação do Leste Europeu, desagregação da URSS, expansionismo norte-americano, as questões de Guerra no Oriente e no Golfo, o conflito árabe-israelense, mudança do sistema educacional de Cuba e conflitos interéticos na África, que marcam pelo reflexo interferente e visível.

As grandes transformações que o o mundo sofreu aconteceram após a Segunda Grande Guerra. Essas transformações foram de ordem social, econômica e política. Os acontecimentos marcados no cenário internacional do pós-guerra levaram ao estudo especialmente das divergências entre populações ou Estados. Isto deu-se pela necessidade da relevância das ocorrências da metade do século XX, que caracterizam as fragmentações dos territórios e de grupos de países ligados aos interesses políticos e econômicos.

A Geopolítica, com sua presença no Ensino Médio, oportuniza maior alcance através de seus conteúdos indo ao encontro do que a educação contemporânea estabelece. Assim, para os enfoques gerados por ela, surgiram uma variedade de material pedagógico que se transcreve para Geopolítica, através dos mapas, fotografias, tabelas, gráficos e gravuras. Assim como, também, ao texto-base, associados a uma variedade de questões de vestibular, que possibilitam a reflexão e fixação dos assuntos já debatidos no ambiente da sala de aula, ampliando e possibilitando melhor mediação do professor em suas atividades, que ultrapassam a identificação contida na ferramenta didático-pedagógica já conhecida, ou seja, Globo Terrestre.

Liete Oliveira.

sábado, 7 de junho de 2008

SAIBA MAIS - Comemoração Dia dos Namorados

SAIBA MAIS

DIA DOS NAMORADOS

Itália – 14/02 – Com grande banquete.

Inglaterra – 14/02 – Cânticos Infantis com oferta de doces, balas e frutas.

Dinamarca – 14/02 – Presente com flores chamadas “floco de neves”.

EEUU – 14/02 – Troca de cartões comemorativos chamados Valentines e livros

Japão – 14/02 – Presentes com caixas de chocolate.

Brasil – 12/06 – Troca de cartões e presentes dos mais diversificados.

OS CASAMENTEIROS - São Valentim e Santo Antônio


DIA DOS NAMORADOS

DIA DOS NAMORADOS - COMEMORAÇÃO, RELAÇÃO E AMOR

O Dia dos Namorados, como comemoração afetiva e de relacionamento amoroso é secular que data de 269 a.C.

Nessa época o imperador Claudius II, proibiu a realização de casamentos no seu reino. Seu objetivo era formar um grande e poderoso exército e, dessa forma, achava que haveria maior índice de alistamento dado o fato dos jovens não se casarem. Entretanto, um bispo romano de nome Valentim, continuou a realização das cerimônias secretamente. Ao ser descoberto, o bispo foi preso e condenado à morte. As jovens passaram a jogar flores, acompanhadas de bilhetes em torno do calabouço, ratificando a permanência à crença no amor. Entre essas jovens estava a filha cega do carcereiro de Dom Valentim, que conseguiu permissão do pai para uma visita ao bispo, resultando numa ardente paixão que com efeito, devolveu-lhe a visão. O bispo ainda conseguiu escrever uma carta para a jovem, a qual finalizava: “de seu Valentim”, expressão que sufragou eras e épocas sendo usada até hoje.

A sentença foi cumprida e Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de 270 a. C, data consagrada a São Valentim e Dia dos Namorados, acolhida em diferentes paises como EEUU, Itália, Canadá, embora em outros a comemoração seja considerada, porém, em outra data.

Em 1800, a comemoração associada com o amor romântico e de união amorosa surge e depois da Idade Média, época em que o conceito de amor romântico foi formado com manifestação de declaração manuscritas. Se instala devido a presença da decadência do casamento, pela valorização da união carnal, considerada pecado num período em que a vida espiritual celibatária era muito considerada.. A partir do século XIX, essa prática foi substituída por cartões , mensagens e troca de objetos simbólicos, representados por corações e Cúpido com asas. Em1910, surgem flores, cartões com figuras e bombons, como acréscimo às manifestações para o Dia dos Namorados.

A despeito de toda essa referência, deparamos com outras facetas que o relacionamento amoroso assumiu, navegando pelo contemporanismo à atual modernidade. Nessa viagem, vimos desde da década de 30, época em que foi cultivado o namoro imposto e ciceroneado

. A relação virtual, advinda da tecnologia, abraça ligações em semelhantes aspectos.

A relação pré determinada pelos pais, a presença de uma dama de companhia, irmão, irmã ou qualquer outro parente e desconsiderada idade, nessa relação, fazem parte de um passado que agora da lugar a tecnologia através da Internet com MSN, e-mail e outros aplicativos. Promove a relação distante, evidenciadamente fria com calor, apenas, da energia virtual traduzida pela tomada do computador. Isso provoca a relação sem comprometimento revertida para de amizade pelo contato diferenciado. Entretanto, é vista a semelhança pela distância, falta de aconchego, sensações (beijos, abraços e “amassos” tão conhecidos), que remetem a relação caracterizada pela aproximação determinada, impossibilidade de contato caloroso, tempo estabelecido e outras que todos dessa época se defrontaram. E hoje, com o advento da tecnologia como evolução, possibilita a comparação nessa conotação distante. A diferença é que hoje as pessoas se propõe, se decidem a absorção desse comportamento enquanto que, anteriormente, ela era uma situação imposta e exigida pelos pais.

No Brasil, trazida pelos portugueses, a data é comemorada em 12 de junho por se anteceder ao dia de Santo Antonio, cognominado de santo casamenteiro, fama que lhe rendeu pelas suas pregações sobre a importância da família.

Em 1949, o publicitário João Dória, na época Agência Standard Propaganda, extinta pela loja Clipper, iniciou a campanha de propaganda para melhorar as vendas de junho e, assim, deu ênfase a data especial para unificar os casais apaixonados, associando a isso a comercialização de flores, cartões, bombons e uma infinidade de opções para justificar o amor acrescentando o lucro do comércio

A cultura amorosa é representada por sentimento e é mundial, dispensando conotação de raça, idade, condição social, escolaridade e preconceito de gênero. Entretanto, o envolvimento e comprometimento vai muito além da frase “Te amo” . As propostas decisivas de união amorosa se envolvem acima da decisão calorosa do ficar junto. Sendo assim, é incontestável a aproximação dispensando o virtual, permitindo a presença com a segurança da absorção de reais e conscientes caricias, a profundidade do olhar, sem dispensar o respeito por si próprio, e pelo companheiro para o alcance a um convívio saudável e de acréscimo em todos os sentidos, que irão reverter momentos de alegria e felicidade.

Passadas as eras e décadas, superadas as formalidades e exigências, transpostas as condições e formas, o amor sempre será o mesmo e sempre precisará de cuidados ao ser administrado, para que não se resuma, apenas, ao “Dia dos Namorados”.

Liete Oliveira

segunda-feira, 2 de junho de 2008

FIQUE INFORMADO


Localização- Texas nos Estados Unidos

Dados gerais

Fundado em 1838 Incorporado em 1852

Localização

27° 44' 34" N 97° 24' 7" W27° 44' 34" N 97° 24' 7

Condado Condado de Nueces Estado Texas

Tipo de localidade

Cidade

Características geográficas

Área 1 192 km²

- água 791,5 km²

População (2000) 277 454 hab. (233 hab./km²)

Códigos

Sítio web www.ci.corpus-christi.tx.us

COMEMORAÇÃO EM OUTRO CONTEXTO

CORPUS CHRISTI EM OUTRO CONTEXTO


É interessante ao pesquisarmos as interligações, que se destacam dentro do assunto e aguça nossa curiosidade.

Primeiramente vimos a solenidade religiosa de Corpus Christi no mundo inteiro. Depois, a festa de conotação pagã associada a religiosa e uma cidade, nos Estados Unidos, com esse nome.

A cidade recebeu o nome de Corpus Christi por ter sido descoberta em 1519, justamente no dia da festa em homenagem ao dia de Corpus Christi.

O explorador espanhol Alonzo Alvarez de Pineda, descobriu a baia tropical que hoje é a Costa Sul do Texas, e que tomou o nome de Corpus Christi. Porém, a história para destaque de Corpus Christi, iniciou realmente em 1838, como uma fronteira tradingpost (produção e exposição de produtos), pelo Coronel Hary Lawrence Kinney, colonizador aventureiro e empresário, que através de seu pequeno assentamento de Kinney’s Ranch, promoveu a legalização da cidade.

Em 1845, o General Zachary Taylor, dos Estados Unidos, montou seu acampamento com tropas para a guerra com o México. Consequentemente, após um ano, estabeleceu o carimbo de obrigatoriedade para registro de Corpus Christi e foi incorporada em 1852.

Entre outras situações a cidade teve um sistema organizacional com um governo de prefeito, oito membros do conselho da cidade e um gerente. O gerente funciona como diretor executivo da cidade pela realização de operações, manipulação política e dirigida ao município.

Nesse percurso de desenvolvimento, Corpus Christi, desde 1983, vem operando em esferas políticas, permitindo maior e mais atribuições políticas e de cidadania.

Portadora de uma infra-estrutura de planejamento invejável, oferece serviços à comunidade como: trabalho, saúde, escola, lazer, cultura e inclusão social.

A cidade atende a um desenvolvimento econômico-financeiro, com uma administração que reverte a renda fiscal para contribuição da cidade como um todo. Desenvolve a manutenção das prioridades no que diz respeito à segurança pública, com agilização da policia e bombeiros, com pequeno índice de criminalidade, numa dinâmica state-of-the-art, isto é, estado da arte, que é o mais elevado nível de desenvolvimento, como de um dispositivo, técnica, científica ou de campo, realizados num determinado momento, geralmente como resultado de métodos modernos.

A cidade se esforça pelo trabalho de seus departamentos, atualizando-se, remanejando e solucionando problemas para sua população de 275.000 habitantes, no Condado de Neuces. Sua priori é a constante preocupação e esforço, em dar continuidade ao que já está incorporado, finalizando os projetos e obras. Dá importância, também, as necessidades que são implantadas, num reconhecimento globalizado à atender o chate, “povo”, com sua meta de excelência ao atendimento do público, moradores e visitantes. Entretanto, também tem um compromisso com as atividades recreativas e culturais

Corpus Christi, é uma cidade que priorisa manter sua comunidade segura e, constantemente, se esforça para uma melhora contínua. Seus programas e serviços que presta aos moradores e turistas, surge com uma real importância como atendimento a clientela.

Como citado, anteriormente, a cidade tem sua estrutura organizacional com meta a liderar, nacionalmente, a excelência do serviço público.


“The planning of the structure of the city of Corpus Christi for the progress of its people is undisputed”.


Liete Oliveira

ELEVAÇÂO DA SANTISSIMA EUCARISTIA

SAIBA MAIS

SAIBA MAIS

  • Até hoje se conservam os corporais onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa em Orvieto e também, se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue;
  • Nas Igrejas Gregas a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os últimos da Galicia, Calábria e Sicília;
  • A festa foi aceita em Cologne em 1306
  • Adaptada em Worms em 1315;
  • Em Strasburg em 1316;
  • Na Inglaterra e Bélgica 1320
  • Nos estados Unidos em 1325

INFORMES

Sites pesquisados

Site: Atibaiamania
http://www.atibaiamania.com.br/festas/corpus2002.htm

Site: ANotícia
http://an.uol.com.br/ancapital/2002/mai/31/

Paróquia Nossa Senhora de Loreto
http://www.loreto.org.br/mai_corpus.as

Site: Entre Redes
http://www.entreredes.org.br/index.php?op=conteudo&wcodigo=12500

Site ouropreto.com.br
http://www.ouropreto.com.br/NOTICIAS.ASP?cod=950

Rádio Vaticano
http://www.vaticanradio.org/portuguese/brasarchi/2001/RV24/01_24_35.htm

Revista 30Dias
http://www.30giorni.it/br/articolo.asp?id=1358

Fonte: site Terra Brasileira
http://www.terrabrasileira.net

ACI Digital
http://www.acidigital.com/fiestas/eucaristia/historia.htm

RELIGIÃO NA ARTE

O MISTO: PAGÃO E CRISTÃO

ARTE E RELIGIÃO


Associa-se a festa da comemoração de Corpus Christi a confecção de tapetes de rua, que se apresenta como uma mágica manifestação popular, como forma de homenagear esse dia.

A arte de enfeitar as ruas surgiu no Brasil, na cidade de Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais. As Paróquias de Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Pilar, Santa Efigênia e Cristo Rei se unem na celebração com suas ruas ornamentadas.

Para essa decoração, são usados vários materiais como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns acessórios como tampinhas de garrafas, folhas, flores etc. Tudo isso agregado representam frases, dizeres e figuras simbolizando os temas eucarísticos.

Se apresentam como verdadeira obra de arte, pelas quais a procissão segue, juntamente com os fiéis, numa verdadeira festa, a qual poder-se-ia dizer que apresenta um misto de contexto religioso e profano.

Transforma-se em atração turística, pela cidade apresentar um aspecto do período colonial, com arquitetura conservada, que se destaca como patrimônio histórico da humanidade.

Observa-se uma variada decoração que, em sua menor medida, atinge 850km, representada por histórias religiosas, contadas em blocos, em temas escolhidos para as obras e em forma de passadeira. Ou, ainda como quadros dispostos em variedades de materiais, tamanhos e cores.

Foi uma prática trazida pelos portugueses, que praticamente desapareceu de Portugal, local de origem, sendo mantida no Açores e foi levada a Florianópolis, através dos imigrantes açoriano,.na qual mantêm a tradição da confecção de tapetes de ruas.

Lá, a confecção dos tapetes utiliza os materiais comuns, como serragem e areia. O diferencial se prende a criatividade do que é podado nas árvores da Universidade Federal de Santa Catarina, (UFSC) e flores vermelhas com rosas brancas, também utilizadas para o trabalho..

Nesse trabalho artesanal dos tapetes, a Irmandade do Divino Espírito Santo, colabora na ornamentação de 1.5km de ruas para a procissão.

Na região Norte, no Estado do Pará, precisamente no Município de Capanema, há 32anos, acontece uma das maiores comemorações de Corpus Christi, que reúne, segundo as estatísticas, em torno de 20 mil fiéis.

O tapete é confeccionado na extensão de um mil e trezentos metros, com material mais diversificado possível, pelo trabalho de jovens, adultos e crianças, que se juntam para a confecção e elaboração dos temas religiosos para essa ornamentação.

Na igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, é realizada a missa pelo dia de Corpus Christi, pelo atual frei Gilson Baldez, com a presença do bispo da Diocese de Castanhal-PA, Dom Carlos Vezilletti, sendo esse ano abordado o tema: “A eucaristia alimenta a comunhão da Igreja”. Este ano, devido o clima de forte calor, os organizadores, ao contrário do ano passado, decidiram que a procissão seria após a realização da missa, o que recebeu total apoio da população.

Foram usados na ornamentação das ruas, para a procissão este ano, 15 toneladas de serragem, uma tonelada de cal, 400 k de areia branca, 400 lts. de tinta, 500k de tinta em pó, 500 tampinhas de refrigerante e 800 cascas de ovos.

O povo ressalta a festividade, entretanto, com a conotação religiosa, numa importante frase de uma fiel ...”O mais bonito de tudo é a fé do povo que caminha rezando junto”. Creuza Oliveira, 52 anos, moradora da cidade de Castanhal, mas que se faz presente todos os anos nesse dia em Capanema.

Apesar de ser um acontecimento de clima tranqüilo, sem nunca ter acontecido nada de desagradável, 15 homens da Guarda de Nossa Senhora de Nazaré, Belém-PA e o efetivo de 20 homens da BPM-PA – Batalhão da Policia Militar, estiveram dando apoio no Município. Segundo a organização, mesmo com a presença de um numero significativo de pessoas, não ensejou nem um fato conflitante e sim a presença da calma tradicional.

São inúmeros os romeiros que levantam testemunhos de suas graças alcançadas ou pelas suas presenças pelo ato de fé.

A comemoração acontece desde frei Hermes Recanatti, que era o pároco da igreja e permanece até hoje com o frei Gilson Baldez, que na oportunidade ressaltou: “...a intenção do tema deste ano é demonstrar o entendimento da Eucaristia. Esse pão, repartido em nossos altares, quando dela participamos com humildade a fé e a consciência do centurião do Evangelho que disse: {“Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo”}. Precisamos viver isso em nosso dia-a-dia”.

Essa comemoração é de repercussão muito grande na região, programada na Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e, a cada ano, ganha mais ênfase.

Destacamos ainda:

  • Santana de Parnaíba – SP

Ornamenta uma extensão de 850 mt., com seus tapetes dispostos pelas

principais ruas do Centro Histórico, sendo uma das maiores do Estado de São

Paulo, que reúne um grande número de fiéis de outros Municípios próximos

atraídos pela festividade.

  • Balsamo – SP

Trabalha 850mt., com os temas que a população envolve crianças, jovens e adultos utilizando serragem tingida, pó de café, tampinhas de refrigerante encapadas com papel laminado, casca de ovo triturada, tecidos, rendas e flores para confecção artesanal das ruas.

  • Matão – SP

A Av. 7 de Setembro até as proximidades da Igreja do Bom Jesus, inicia a ornamentação utilizando diversas toneladas de material diversificado, inclusive vidro moído, proporcionando um visual espetacular de arte e religiosidade.

A festa é realizada fora da data considerada em calendário comum, elegendo o

dia 7 de junho, todos os anos, onde organizam o Centro com uma grande

estrutura cidade, para receber turistas e visitantes por já ter se tornado uma

atração turística em sua 59ª edição.

São exploradas vendas de comida típica, feira, artesanato, exposições e espaço

para apresentação de artistas e músicos.

  • Caçapava – SP

Utiliza 3 km de ruas para ornamentação com decoração magnífica para a procissão do Santíssimo Sacramento.

A cidade é envolvida pelo clima de festa e oportunidade de aclamação, não só pelo fervor da fé mas, também, pela arte.

● Castelo – ES

Lá são utilizados mil e duzentos metros de ruas compostas por quadros, onde um

deles apresenta uma mensagem aos visitantes. É um trabalho realizado com os

materiais, já costumeiros nessa prática, que tem 60 mil pessoas envolvidas além

de 500 voluntários

A ornamentação prende-se ao tema de solidariedade e ao Cordeiro de Deus.

● Rodeio – SC

Apresenta sua festa a cerca de 100 anos, precisamente desde a chegada dos

primeiros imigrantes italianos católicos,que colonizaram a região.

É uma das festas mais tradicionais do Médio vale usando, também, além dos

materiais já citados e conhecidos, o isopor e materiais reciclados pelos fiéis para

essa ornamentação.

A festa em Rodeio se caracteriza por ser uma atividade que passa de pai para filho,

com a relevância do sentido de compromisso que o povo cultiva para realização

dessa arte.

Cada uma dentro das proporções e exuberância, utilizando quase que os mesmos tipos de materiais, dentro do espírito de arte e fé. .Ainda podemos citar a mesma comemoração em Cabo Frio-RJ, Atibaia-SP, São José do Rio Preto-SP, Potirendaba-SP, Mirassol-SP, Búzios-RJ e outras.

Texto de Liete Oliveira

CORPUS CHRISTI - A FÉ

COMEMORAÇÂO RELIGIOSA DE CORPUS CHRISTI

CORPUS CHRISTI

A comemoração cristã, de quinta-feira, após o domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece após o domingo de Pentecostes, é denominada Corpus Christi, do latim Corpo de Cristo, a qual a Igreja realiza, associada a uma procissão, que celebra a presença substancial de Cristo na Eucaristia. Ela atende o Art 944 do Código Canônico, que determina ao Bispo promovê-la, onde for possível, dentro de um contexto público, pela procissão, como testemunho do povo à veneração da Santíssima Eucaristia. Na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, há uma exigência, pelo Art. 395, da presença do Bispo nesse ato, e sua ausência só será justificada por uma causa justa.

A procissão de Corpus Christi, acontece posterior a missa, que conta com a presença dos católicos que tem um significado pelo comparecimento, obrigatório, na forma que for estabelecida pela Conferência Episcopal do país.

A comemoração de Corpus Christi começou desde o século XV, em Roma, com o Papa Nicolau XV , período de 1447 a 1455, com a procissão que sai de São João de Latrão até Santa Maria Maior. Atualmente o local é Via Merulana, que por motivos de obras do retilíneo ao pontificado de Gregório XIII, só teve condições de acesso a partir de 1575.

A procissão, durante três séculos, teve por costume sua trajetória guiada pelos Papas, a partir de 1870. Com a tomada de Roma caiu em desuso, o qual foi retomado pelo Papa João Paulo II, em 1979.

Na Alemanha, acontece desde o século XVIII, quando a Igreja Católica sentiu a necessidade de enfatizar a real presença do “Cristo todo” no pão sagrado.

Em Lieja, na Bélgica, no fim do século XVIII, aconteceu o Movimento Eucarístico cujo o centro foi a Albadia de Cornillon, fundada em 1124, pelo Bispo de Lieja.

O resultado desse Movimento foi a implantação de vários costumes eucarísticos como: exposição e Benção do Santíssimo Sacramento, uso do sino na Missa, por hora da elevação, e a festa de Corpus Christi.

A festa de Corpus Christi foi propiciada pela priora de Abadia, Santa Juliana de Mont Cornillon, que, na época, foi considerada enviada por Deus para promover essa realização. Ela nasceu em Retines, perto de Lieja, Bélgica, em 1193. Ficou órfã quando pequena e educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu fez sua profissão de religiosa e, mais tarde, tornou-se superiora dessa comunidade.

Santa Juliana, desde jovem, tinha grande veneração ao Santíssimo Sacramento e nutria a esperança de que ainda houvesse uma festa especial em sua homenagem. Nesse época, ela passou a ter visões da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra. Para ela isso significava a ausência da solenidade tão desejada. Assim, Juliana comunicou a suas visões a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja.

O bispo ficou impressionado e por nessa época os bispos terem direito de ordenar festas para suas dioceses é que 1246, evocou um sínodo para ordenar que a celebração fosse feita no ano seguinte.

Dom Roberto não viveu para ver sua determinação realizada, pois morreu em 16 de outubro de 1246.

A festa foi realizada pela primeira vez no ano seguinte , na quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade.

Além de Dom Roberto, as visões foram de conhecimento do douto Domenico Hugh, mais tarde núncio pontifício dos Paises Baixos e, Jacques Pantaleon que,e nessa época, era arquidiácono e posteriormente, Papa Urbano IV.

O então Papa, por hora da efetivação da comemoração, ordenou a escritura de um ofício e nessa ocasião transformou-se em decreto, que se encontra preservado em Binterim junto com algumas partes do ofício. (Denkwurdigkeiton .V.I, 276). O bispo alemão conheceu os costumes e o instalou por toda a atual Alemanha.

Santa Juliana de Mont Cornillon, morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villieres, porém com seu desejo alcançado e certa de sua propagação definitiva.

O Papa Urbano IV, nessa época, tinha sua corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma, próximo a localidade chamada Bolsena onde aconteceu o milagre por volta de 1263 a 1264, chamado Milagre de Bolsena. Se apresentou pelo acontecido a um padre que tinha dúvida de que a Consagração fosse real e durante uma Missa, no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual o corporal foi se imergindo e, assim, tornou-se uma relíquia levada em 19 de junho de 1264, em procissão em Orvieto.

Por esse prodígio, o santo Padre, aceitou as petições de vários bispos e fez com que se estendesse a festa de Corpus Christi a toda a Igreja através da bula “Transiturus” de 8 de setembro do mesmo ano, fixando a quinta-feira apos as oitavas de Pentecostes, permitindo indulgências a todos os que participassem do ofício e assistissem da Santa Missa.

Segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV, encarregou um ofício a “Liturgia das Horas” a São Boa-ventura e São Tomaz de Aquino e quando o mesmo realizava sua leitura, em voz alta, São Boa-ventura ao mesmo tempo colocava em pedaços seu oficio.

Os decretos não falam da questão adotada de indulgência nas procissões. Entretanto, foram aplicadas pelo Papa Martinho V e Eugênio IV, as quais se apresentaram muito comuns a partir do século XIV.

O Papa Urbano IV, morreu em 2 de outubro de 1264, e sua morte provocou a difusão da festa, mas por outro lado, o Papa Clemente V encarregou-se do assunto levando-o ao Concílio Geral de Viena, em 1311, mas, só em 1317 é que é promulgada a recopilação das leis, por João XXII e, assim, a festa é assegurada a toda a Igreja.

O Concílio de Trento, finalmente, declara a introdução do costume na Igreja de Deus, determinando a festividade todos os anos com a veneração a solenidade, levando o Santíssimo na procissão às ruas pela conotação pública, reverenciando honorificamente a expressão da gratidão cristã, à memória inefável e verdadeira, ao benefício sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No Brasil, a festa foi introduzida pelos portugueses, seguramente pelo Padre Manoel da Nóbrega, em 1549, na Bahia, pela carta que informava: “Outra procissão se faz dia de Corpus Christi, muito solene, em que jogou toda a artilharia que estava na cerca, às ruas muito enramadas, houve danças e invenções à maneira de Portugal”. (Cartas do Brasil, 86, Rio de Janeiro, 1931).

Assim, mostrava-se uma reprodução já que as procissões portuguesas eram esplendorosas com participação de tropas, fidalgos, cavaleiros, andores, danças e cantos. Os oficiais de gala cercavam a imagem de São Jorge, padroeiro de Portugal, que seguiam a procissão acomodada em um cavalo.

Passou a ser também, em nosso país, uma comemoração incorporada aos costumes: religioso e pagão.

Liete Oliveira