quarta-feira, 15 de abril de 2009

EDUCAÇÃO - DIREITOS E DEVERES DE TODOS


DIREITO EDUCACIONAL

A discussão das leis dentro das instituições de ensino privado perpassa as experiências dos profissionais da área jurídica. Sejam as instituições mantenedoras e diretorias na esfera privada, além da LDB, existe uma quantidade de Leis a serem cumpridas.
É interessante que as escolas devem ter o entendimento de que existem normas, regras, procedimentos a serem seguidos, em face de seu contrato de prestação de serviços educacionais, em razão de que as mesmas permanecem longo período com os alunos.
A escola deve zelar pela integridade física, psicológica e moral. Ainda junta-se a responsabilidade civil, que se refere a episódios no interior da escola e acidentes ocorridos, para as quais são grandes as ações jurídicas. As escolas públicas não fogem dessa regra. É necessária a consciência não só da escola como dos usuários, clientes etc., no que tange a responsabilidade que envolve não só a escola no seu contexto total com a família.
Os pais têm obrigação de conhecer não só o aspecto físico da escola, mas também, o aspecto administrativo, funcional e pedagógico. Nenhuma instituição de ensino pode omitir de passar informações solicitadas nesse contexto e/ou comprová-las. É preciso a garantia e a certeza do funcionamento, dentro de todos os aspectos, desse local onde você esta delegando os cuidados de sua criança ou adolescente, preocupando-se com a competência do local sem esquecer as que estão determinadas a você.
Ao atendimento da escola pública são imputados os mesmos deveres da escola privada. O que torna confuso ao usuário é o fato de que ele não realiza pagamentos na escola, no Banco e etc., e tem que ficar bem claro ao seu entendimento que esse pagamento é realizado previamente, em outro contexto. Assim como, o cliente da escola privada tem seu direito de cobrar os serviços do estabelecimento ao qual solicitou, o usuário da escola pública também tem seus direitos com relação à mesma. A diferença é que na escola particular a cobrança é feita sob uma hierarquia de cima para baixo, ou seja: direção, corpo técnico, professores, administração e agentes funcionais, na escola pública será: aos professores, agentes, corpo técnico, administração, direção e ao poder público. É certo que o sistema detém em suas mãos várias ou inúmeras deliberações, mas se os usuários da escola publica, à exemplo da escola privada, acompanhassem todos os enfoques relacionados ao ensino aprendizagem de seus filhos, certamente, muita coisa mudaria no sistema.
Dado ao aspecto de violência que hoje assola as escolas, indiscriminadamente, será que não seria momento de rever as leis? Sim, por que o aluno hoje, além de ficar mais tempo na escola, à mesma é transferido responsabilidades que não lhe cabem ou que no mínimo teriam que ser compartilhadas com a família.
As escolas recebem as resoluções do Conselho Nacional de Educação, Secretaria de Educação e Câmara de Educação, entre outros, para coordenarem e efetivarem seu funcionamento. Dessa forma, assim como há exigências à permissão do funcionamento das mesmas, deveria haver exigências formais na participação e responsabilidade dos pais nas referidas instituições, não apenas um convite a essa interação. Certamente que o trabalho dentro dessa relação mútua surtiria grande efeito na educação sistemática, assim como no comportamento e relacionamento escolar.

Liete Oliveira

FELIZ PÁSCOA

A VOCES COM CARINHO

Páscoa significa renascimento, libertação.
Este é o dia de renascer, libertar-se e recomeçar.
Desejo que nesta comemoração do renascimento de Jesus, possamos também reviver, em nossos corações, os sentimentos mais significativos à felicidade.
Os ovos são o símbolo do nascimentos.
O coelho o animal que reproduz em velocidade impar. Assim, fazendo essa relação deixemos a fé e o amor nascerem e se proliferarem em nos.
Que esta Páscoa seja o caminho para reflexão
Liete

sábado, 11 de abril de 2009

DEMAIS CONTEXTOS

De certo que existe vários tipos de violência. Não é preciso a agressão física para caracterizar, necessariamente, a violência.
Os professores atualmente sofrem violência não só na sua desvalorização e desrespeito pelos seus salários e direitos, assim como as agressões físicas.
A preocupação é o contexto violento em que a educação se instala seja no contexto escolar publico e privado, familiar, comunitário e nas políticas públicas.
É necessária uma reflexão conjunta e profunda para mudar esse quadro, pois defender a educação como primordial e necessária ao sujeito, já se sabe.
Liete Oliveira

"VIOLENCIAS" CONTRA PROFESSORES


O QUE A FAMÍLA CONHECE SOBRE A LDB

EDUCAÇÃO – LDB - FAMÍLIA

A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, pela criação de inúmeros artigos, capítulos, parágrafos, sessões e etc. trazem em seu bojo a determinação legitimizada de sua atuação dentro do aspecto da participação da família na educação. Sendo assim, não só com referencia a Lei, mas pelo que se observa no dia a dia a família deveria ser mais presente ao conhecimento de pais e/ou responsáveis que muitas vezes não tem conhecimento da LDB e sua participação dentro dela.
Há anos atrás, num trabalho de pesquisa, tendo como lócus uma das Praças mais freqüentadas de nossa cidade, nos foi possível a constatação, dentro das várias camadas sociais, a ignorância da existência da LDB, assim como o que ela representa. Levantada a estatística desoladora de que 99% não tinham o conhecimento da referida Lei. Assim, entende-se uma grande necessidade da divulgação da Lei e sua aplicação, no que concerne a família, tendo como exemplo o momento violento, por quais as escolas passam, para compreensão de que não cabe somente a escola a responsabilidade na educação.
Na relação dualista, aos professores idealiza-se que eles cumpram sua tarefa, e para isso são importantes sua formação profissional, competência e compromisso. Ao aluno aprender, desenvolver a consciência do que representa o conhecimento e o envolvimento com o saber que lhe trará o diferencial na sociedade.
É importante que dentro do contexto escolar aconteça a promoção desse conhecimento através de reuniões e/ou palestras, com a finalidade de ativar ou reativar a compreensão da participação da família na educação, tanto dentro do aspecto informal como no sistemático.
Hoje, mais do que antes, pela necessidade de alcance a melhor condições de vida e status, a ausência da família se faz mais evidente. Essa condição processa um desequilíbrio que se reflete entre outros na afetividade. Convivemos com diversificadas situações: a compensação da ausência por presentes e realizações de desejos; a omissão do “não” como atitude a evitar a contrariedade; atender pedidos fora de sua realidade; estimular a personificação machista por vocabulário ou atos; desenvolver a cultura do poder e do domínio etc. onde tudo isso leva a ausência da solidariedade, fraternidade, respeito e afetividade.
Na educação os componentes mais presentes e de grande relevância são: a autoridade e afetividade. Infelizmente vimos a ausência pela conturbada compreensão de autoridade com autoritarismo e afetividade pela exclusão de sentimentos. Sim, por que a autoridade se complementa pela afetividade, enquanto que o autoritarismo reflete repressão.
Com isso, focamos a violência como tema do artigo com responsabilidade vinculada a todos. Entretanto, nos últimos acontecimentos de caráter violento, que chegam até a mídia, constata-se que da família surge o comportamento, quer seja violento ou indisciplinado, resultado da família que não exerce o papel que lhe ficou atribuído: gerar, agregar, cuidar, participar e amar, os quais permitem uma sensação progressiva no processo de desenvolvimento do individuo que convive com princípios, atitudes e procedimentos à construção de sua identidade como sujeito.
A sociedade apresenta um momento de transformações em que o ser humano nem sempre esta preparado para assimilá-las positivamente. E assim, esse número de mudanças repercute fortemente e de forma negativa, nos costumes e no comportamento e, de forma decisiva. Assim, criou-se uma bifurcação dessa sociedade, onde uma se representa por indivíduos com compreensão à complexidade, novas elaborações e com rápido acesso, de outro aqueles que não alcançam e não caminham com a complexidade, novidades e diferentes elaborações, tornando um aspecto controvertido na historia coletiva.
Nesse contexto, há o grande comprometimento da família, escola e sociedade. Assim, acreditamos que a consciência e proposta para mudanças e melhorias, em parceria, suplantem os artigos de Lei e possam vigorar à construção numa contribuição ao sujeito social.

Liete Oliveira

SE AS IMAGENS CHOCAM, IMAGINEM A REALIDADE!



... A SER PENSADO!

“A violência e a falta de disciplina estão relacionados, muito de perto, com uma sociedade em que o pai esta ausente e/ou não tem autoridade. Nossas crianças e jovens, quer tenham poder aquisitivo ou não, vivem o que querem e da forma que querem, denunciando que seus adultos são frágeis e impotentes.”

Isabel Parolin

TEMPOS DE EDUCAÇÃO OU DE AGRESSÃO?

QUE TEMPOS SAO ESSES?

Sim, que tempos são esses onde na escola se desenvolve o culto da violência?
Os professores são agredidos, os alunos se confrontam, a escola é impotente, os pais são ausentes e a comunidade é indiferente?
As situações violentas se apresentam em vários contextos e nos abalam. Porém o que nos assusta são essas ocorrências no contexto escolar. Sim, por que um lugar que representa a transferência de valores e informação de conhecimentos não deve compactuar situações que se opõe a essas propostas.
A escola necessita urgentemente de concluir seu propósito de caminhar juntas: família, escola como um todo: gestão, equipe técnica, pedagógica, administrativa e comunidade, no entendimento da necessidade real dessa parceria em prol das crianças e jovens.
Mais do que nunca, nestes tempos difíceis, a escola necessita se reestruturar. Não basta discutir-se a preocupação com o espaço físico agradável e sofisticado, mas também, com o ambiente humano. A escola precisa acatar que seja qual for o tipo de trabalho: pedagógico, psicológico e psicopedagógico, é de grande relevância nas suas atuações, no sentido de minimizar ou extinguir o estado violento, em que a maioria das escolas se encontra hoje, sejam públicas ou particulares.
Neste tempo vimos os pais entrarem em pânico no período das férias de seus filhos; ao ter que estipular limite e administrar a disciplina. Conseqüentemente contemplamos os adultos reféns de suas crianças e jovens, pela dificuldade de atribuírem um “não”, delegando esse “não” a autoridade externa no exercício de suas funções, pelo descomprometimento desse adulto.
Esse panorama descompensado reflete a necessidade de medidas que venham produzir a consciência do papel do adulto diante da criança ou jovem, desestimulando a atitude violenta.
São inúmeros os fatores que regem os aspectos da violência, sejam pela queixa de indisciplina, atitudes desregradas, pela falta de limite, que acomete a escola e a família no seu dia a dia, estabelecendo um relacionamento caracterizado pela despontencialidade.
Nas pesquisas a estatística mostra que cerca da metade dos observados na situação de bullying são vítimas agressoras; vitimas passiva. Destacam-se ainda o agressor ou bully; o que intimida e provoca; assistentes e os que apóiam os agressores. Por fim, vêm os que auxiliam as vítimas, os observadores e os que não se envolvem. Esses últimos, admitem que deveriam fazer alguma coisa para ajudar a vítima, mas não o fazem receosos da revanche.
Nesse momento sócio histórico, as pessoas vivem banalizando o ser humano, o outro, por estarem comprometidos com outras propostas. Para o indivíduo, a evolução cria estruturas sofisticadas e elaboradas que norteiam, em alguns aspectos, o comportamento e em outros deixam-nos perdidos num verdadeiro desencontro humano. É nesse clima que a violência se instala, pela cultura de dar respostas há perguntas que a própria sociedade cria, envolvendo poder e domínio, dentro da concepção “que se destaque o mais forte”. Entretanto, esse mais forte acaba recaindo não aos cônscios e inteligentes, mas aos mais influenciáveis e frágeis.
Encontramos esses frutos de origens das famílias, que relegam o cumprimento da sua função de reunir, cuidar, prover e amar, e das escolas sem a presença de educadores representantes de seus propósitos e como exemplo a ser seguido.
Dentro desse contexto há necessidade de um envolvimento e mobilização geral e conjunta. É preciso criar, educar, organizar nossas crianças e jovens dentro de normas e limites pela compreensão do “não” que os levarão à política do bom viver, pela indicação dos caminhos e por nossa participação nessa caminhada.

PROPOSTA DA ESCOLA

BULLYING - violencia na escola

PARA UNS VIOLÊNCIA, BULLYING E ATÉ O QUE?

Entende-se a escola ao longo da história como local onde os indivíduos se apropriam do conhecimento sistemático. Então, que local é esse, palco de agressões e violência chegando até ao óbito? Será a escola?
A relação entre estabelecimento, espaço, local e lugar tem suas interligações. Entretanto, esses mesmos abrigam o ambiente diversificado, no qual o da escola está ligado a esfera do ensino, de atuações onde a educação será desenvolvida e concebida.
Dentro desse pressuposto, educar seria a arte da comunicação, da informação, da interação, do conhecimento, da afetividade e da superação.
Hoje, vimos que educar ultrapassa não só a lousa e o giz, mas também, o contexto curricular. Todo esse aspecto se desenvolve pelo entendimento da evolução, que perpassa as transformações no mundo e, conseqüentemente, no seu conteúdo abrangente.
Nos últimos, anos a violência no contexto escolar, vem aumentando significativamente e com registros de freqüentes e graves situações que ocorrem nas escolas, sejam públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras.
Surge na violência o conceito de bullying, que entra em nosso vocabulário, propondo o significado de situações de maus tratos entre pares. No entanto, depara-se com a violência além dessa conceituação e o que identificamos dentro desse contexto, gerado por ela, não são apenas os maus tratos entre pares, percebe-se um envolvimento generalizado, onde o desrespeito pelo outro extrapola a esfera do ambiente escolar. Ele já surge evidente nos meios do chamado cyberbullying, que representa a utilização de novas tecnologias à serviço da difamação e hostilização.
Dentro desse aspecto, há múltiplos fatores que contribuem para as situações de violência, seja em nível da família, amigos, comunidade, política social e educativa, nas quais esse aglomerado carece de uma intervenção abrangente, envolvendo os alunos, a escola, a comunidade e o contexto social. Assim, destaca-se a importância da participação da família e comunidade, de forma geral, no ambiente da educação. A educação não acontece sozinha. A passividade ou indiferença dos indivíduos colabora à criação de condições a maus tratos, assim como maior grau de violência.
Á escola são transferidas tarefas e incumbências que convergem à necessidades individuais, o que reverte uma ampliação e descaracterização das atribuições escolares.
A questão não é só ensinar e aprender. Esse contexto que parece simples recai na participação da família e apoio da comunidade para que superemos todas as instâncias na escola, principalmente o bullying. A família terá que estar mais próxima e participativa, os alunos desenvolvendo a consciência de que o conhecimento é fator diferencial no mundo dentro da proposta social; os professores restaurando sua vocação e a arte do ensinar, independente dos aspectos que os envolvem, mas onde esse contexto acontece com condições dignas ao seu desempenho, e à comunidade cabe rever sua credibilidade através de sua contribuição para auxilio a propostas de que a escola é o caminho à cidadania.

Liete Oliveira