sábado, 11 de abril de 2009

QUE TEMPOS SAO ESSES?

Sim, que tempos são esses onde na escola se desenvolve o culto da violência?
Os professores são agredidos, os alunos se confrontam, a escola é impotente, os pais são ausentes e a comunidade é indiferente?
As situações violentas se apresentam em vários contextos e nos abalam. Porém o que nos assusta são essas ocorrências no contexto escolar. Sim, por que um lugar que representa a transferência de valores e informação de conhecimentos não deve compactuar situações que se opõe a essas propostas.
A escola necessita urgentemente de concluir seu propósito de caminhar juntas: família, escola como um todo: gestão, equipe técnica, pedagógica, administrativa e comunidade, no entendimento da necessidade real dessa parceria em prol das crianças e jovens.
Mais do que nunca, nestes tempos difíceis, a escola necessita se reestruturar. Não basta discutir-se a preocupação com o espaço físico agradável e sofisticado, mas também, com o ambiente humano. A escola precisa acatar que seja qual for o tipo de trabalho: pedagógico, psicológico e psicopedagógico, é de grande relevância nas suas atuações, no sentido de minimizar ou extinguir o estado violento, em que a maioria das escolas se encontra hoje, sejam públicas ou particulares.
Neste tempo vimos os pais entrarem em pânico no período das férias de seus filhos; ao ter que estipular limite e administrar a disciplina. Conseqüentemente contemplamos os adultos reféns de suas crianças e jovens, pela dificuldade de atribuírem um “não”, delegando esse “não” a autoridade externa no exercício de suas funções, pelo descomprometimento desse adulto.
Esse panorama descompensado reflete a necessidade de medidas que venham produzir a consciência do papel do adulto diante da criança ou jovem, desestimulando a atitude violenta.
São inúmeros os fatores que regem os aspectos da violência, sejam pela queixa de indisciplina, atitudes desregradas, pela falta de limite, que acomete a escola e a família no seu dia a dia, estabelecendo um relacionamento caracterizado pela despontencialidade.
Nas pesquisas a estatística mostra que cerca da metade dos observados na situação de bullying são vítimas agressoras; vitimas passiva. Destacam-se ainda o agressor ou bully; o que intimida e provoca; assistentes e os que apóiam os agressores. Por fim, vêm os que auxiliam as vítimas, os observadores e os que não se envolvem. Esses últimos, admitem que deveriam fazer alguma coisa para ajudar a vítima, mas não o fazem receosos da revanche.
Nesse momento sócio histórico, as pessoas vivem banalizando o ser humano, o outro, por estarem comprometidos com outras propostas. Para o indivíduo, a evolução cria estruturas sofisticadas e elaboradas que norteiam, em alguns aspectos, o comportamento e em outros deixam-nos perdidos num verdadeiro desencontro humano. É nesse clima que a violência se instala, pela cultura de dar respostas há perguntas que a própria sociedade cria, envolvendo poder e domínio, dentro da concepção “que se destaque o mais forte”. Entretanto, esse mais forte acaba recaindo não aos cônscios e inteligentes, mas aos mais influenciáveis e frágeis.
Encontramos esses frutos de origens das famílias, que relegam o cumprimento da sua função de reunir, cuidar, prover e amar, e das escolas sem a presença de educadores representantes de seus propósitos e como exemplo a ser seguido.
Dentro desse contexto há necessidade de um envolvimento e mobilização geral e conjunta. É preciso criar, educar, organizar nossas crianças e jovens dentro de normas e limites pela compreensão do “não” que os levarão à política do bom viver, pela indicação dos caminhos e por nossa participação nessa caminhada.

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