DIA DOS NAMORADOS - COMEMORAÇÃO, RELAÇÃO E AMOR
O Dia dos Namorados, como comemoração afetiva e de relacionamento amoroso é secular que data de
Nessa época o imperador Claudius II, proibiu a realização de casamentos no seu reino. Seu objetivo era formar um grande e poderoso exército e, dessa forma, achava que haveria maior índice de alistamento dado o fato dos jovens não se casarem. Entretanto, um bispo romano de nome Valentim, continuou a realização das cerimônias secretamente. Ao ser descoberto, o bispo foi preso e condenado à morte. As jovens passaram a jogar flores, acompanhadas de bilhetes em torno do calabouço, ratificando a permanência à crença no amor. Entre essas jovens estava a filha cega do carcereiro de Dom Valentim, que conseguiu permissão do pai para uma visita ao bispo, resultando numa ardente paixão que com efeito, devolveu-lhe a visão. O bispo ainda conseguiu escrever uma carta para a jovem, a qual finalizava: “de seu Valentim”, expressão que sufragou eras e épocas sendo usada até hoje.
A sentença foi cumprida e Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de
Em
A despeito de toda essa referência, deparamos com outras facetas que o relacionamento amoroso assumiu, navegando pelo contemporanismo à atual modernidade. Nessa viagem, vimos desde da década de 30, época em que foi cultivado o namoro imposto e ciceroneado
. A relação virtual, advinda da tecnologia, abraça ligações em semelhantes aspectos.
A relação pré determinada pelos pais, a presença de uma dama de companhia, irmão, irmã ou qualquer outro parente e desconsiderada idade, nessa relação, fazem parte de um passado que agora da lugar a tecnologia através da Internet com MSN, e-mail e outros aplicativos. Promove a relação distante, evidenciadamente fria com calor, apenas, da energia virtual traduzida pela tomada do computador. Isso provoca a relação sem comprometimento revertida para de amizade pelo contato diferenciado. Entretanto, é vista a semelhança pela distância, falta de aconchego, sensações (beijos, abraços e “amassos” tão conhecidos), que remetem a relação caracterizada pela aproximação determinada, impossibilidade de contato caloroso, tempo estabelecido e outras que todos dessa época se defrontaram. E hoje, com o advento da tecnologia como evolução, possibilita a comparação nessa conotação distante. A diferença é que hoje as pessoas se propõe, se decidem a absorção desse comportamento enquanto que, anteriormente, ela era uma situação imposta e exigida pelos pais.
No Brasil, trazida pelos portugueses, a data é comemorada em 12 de junho por se anteceder ao dia de Santo Antonio, cognominado de santo casamenteiro, fama que lhe rendeu pelas suas pregações sobre a importância da família.
Em 1949, o publicitário João Dória, na época Agência Standard Propaganda, extinta pela loja Clipper, iniciou a campanha de propaganda para melhorar as vendas de junho e, assim, deu ênfase a data especial para unificar os casais apaixonados, associando a isso a comercialização de flores, cartões, bombons e uma infinidade de opções para justificar o amor acrescentando o lucro do comércio
A cultura amorosa é representada por sentimento e é mundial, dispensando conotação de raça, idade, condição social, escolaridade e preconceito de gênero. Entretanto, o envolvimento e comprometimento vai muito além da frase “Te amo” . As propostas decisivas de união amorosa se envolvem acima da decisão calorosa do ficar junto. Sendo assim, é incontestável a aproximação dispensando o virtual, permitindo a presença com a segurança da absorção de reais e conscientes caricias, a profundidade do olhar, sem dispensar o respeito por si próprio, e pelo companheiro para o alcance a um convívio saudável e de acréscimo em todos os sentidos, que irão reverter momentos de alegria e felicidade.
Passadas as eras e décadas, superadas as formalidades e exigências, transpostas as condições e formas, o amor sempre será o mesmo e sempre precisará de cuidados ao ser administrado, para que não se resuma, apenas, ao “Dia dos Namorados”.
Liete Oliveira
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