sábado, 24 de maio de 2008

EVOLUÇÃO DO HOMEM

ASPECTO DA EVOLUÇÃO DO HOMEM

Desde o início dos tempos, o homem se perguntou como surgiu a vida em nosso planeta, o que deu origem à diversas interpretações, encontradas em histórias tradicionais e em variedade de livros, fosse da disputa do controle do mundo pelos “deuses”. As duas versões encontradas no 1º Livro bíblico, o Gêneses, do século XVI, com a 1ª criação simultânea da vida. A segunda, a criação, primeiramente, de Adão em seguida Eva. Pelo periódico princípio do sistema cósmico Budista do caos. Pela perpetuação da espécie com a Arca de Noé e, ainda, a da Bíblia “...criação à imagem e semelhança”. Desenvolvemos um breve histórico dispensando a polêmica da origem humana, considerando que, cientificamente, a origem do homem seria a adaptação dos macacos primitivos, que com a mudança do clima, provocou transformações no mundo, obrigando-os a mudanças. Assim, alguns começaram a ficar mais tempo no chão em busca de alimentos e restos de animais e outros, a ficar de pé para um olhar de observação acima de vegetações, que lhe permitiam as mãos livres para outras tarefas.

Esse período se divide em Mioceno e Plioceno. Época que caracteriza o grande desenvolvimento dos antropóides e o surgimento dos primeiros hominídeos. Essas mudanças causam um estímulo a cooperação, comunicação e aperfeiçoamento da inteligência, propiciando a evolução.

Os processos evolutivos constatados, através de estudo dos fosseis de crânios, mostram a variedade de acentuadas mudanças no sistema ósseo craniano, identificando a composição desse sistema à relação da fala.

Poder-se-ia dizer que a fala foi um acidente na evolução humana, formada a partir de um potencial genético, através do cérebro evoluído com a transformação pelo tempo.

As falas diferenciadas certamente se apresentam no momento do educador, num sistema progressivo desde o ensino infantil, até o processo diversificado no universo educacional.

Através da pesquisa, pela soma de conhecimentos referentes ao tema, é possível que o educador venha a ter esse momento facilitado, colaborando a iniciativa de possíveis resoluções aos direcionamentos diante dessa questão.

Nas considerações das origens antropológicas fono-articulatórias, sabe-se que, o Homem de Neanderthal não deixou descendentes e era muito menos capacitado para a fala. Por outro lado, nosso ancestral de Cro-Magnon, apesar de um crânio menor, já apresentava uma redução do lobo occipital e um aumento dos lobos: temporal, parietal e frontal, o que lhe possibilitaria a elaboração da fala.

É possível que os primeiros ancestrais do homem tenham emitido, apenas, sons de soluço, arroto, choro, grito, espirro, tosse, gemido, grunhido e vocalização indiscriminadamente.

Criada uma relação, acredita-se que o Australopithecus africanus, nosso ancestral Plioceno, é que conseguiu uma expressão, igualmente a citada acima, pela associação de gesticulações e observações da expressão facial de seus semelhantes, identificando os tipos de choro diferentes como de fome, sono e desconforto variados, tal como a mãe pode fazer com seu bebê de um a seis meses de idade, em fase de vocalização, em entonação variada.

Os cientistas Lieberman e Laitman, através de estudos de 1975 a 1986, mostram que para a produção da fala, é preciso que a laringe tenha determinada conformação, assim como o canal supralaríngeo, boca, lábios, língua e as fossas nasais. A capacidade da função desses órgãos está ligada a posição do crânio e da mandíbula. Para isso, é necessário tamanho e função normais dos lobos frontal, pariental e temporal à esquerda, que crescem em relação ao lobo occiptal.

Tanto nos antropóides adultos como no recém-nascido, é impossível a fala pela localização alta da laringe. Essa posição elevada da 1ª, 2 e 3ª vértebras cervicais e a base do crânio achatada, possibilita, apenas, que o indivíduo respire e engula ao mesmo tempo. Consequentemente, fica clara a impossibilidade em todos os mamíferos e crianças de dezoito a vinte e quatro meses, modulação de sons vocálicos pelos lábios, boca e língua articulada.

Por tudo isso, Laitman deduziu que nem Australopithecus nem Homo habilis, poderiam articular a fala. Daí, achar que o Homo erectus poderia ter articulado uma fala rudimentar, acreditando assim que, essa deve ter aparecido de forma muito mais limitada que a nossa, a partir de 300.000 a 400.000 anos antes do nosso tempo.

A capacidade que temos, hoje, para a fala, já era possuída pelo Homo sapiens, quanto seus predecessores imediatos, há 500.000 mil anos atrás. O Homo sapiens neandertalenses, de crânio semelhante ao de um recém-nascido atual, com suas restrições e impossibilidades de emitir as vogais “a, e, i, u” e as consoantes “g e k”, provavelmente poderiam pronunciar as labiais e linguodentais “p, t, b, d” e sibilares “s e z”. Com isso, pode-se dizer que, mesmo com as restrições, já possuía uma formação de altura craniana complexa, a qual permitia uma paralinguagem gestual e através de gritos.

Por volta dessa época ou a um milhão de anos antes do Plioceno, surge o Homo erectus e o Homo erectus pekinensis, que eram caçadores com cultura de tradições acheleuana. Aqueles que manuseavam instrumentos cortantes e o fogo. Isso, leva a crer que eram indivíduos à transmitir e receber ensinamentos com um cérebro apto a interpretar e produzir balbucios.

Os gorilas, mesmo com o crânio maior do que os dos macacos, tem um sistema de comunicação fechado. São mais de uma dezena de sons emitidos, para importância de manutenção vegetativa.

O histórico da espécie, através de transformações encontradas na evolução do crânio humano, mostra que o sistema aberto permitiu e possibilitou o desenvolvimento da fala.

Essa é a função biológica do ser humano que emite a voz, decorrente da fonação que resulta na fala e linguagem. A voz humana depende da função normal da laringe e da ressonância, que ocorre na cavidade orofaríngea. A fala é a vibração das cordas vocais, que são constituídas por nervos do ponto de vista motor, como fibras provenientes dos núcleos ambíguos situados bilateralmente no bulbo: um a esquerda e o outro a direita.

A musculatura da mastigação, que envolve um mecanismo complexo e interessante, provoca influência através dos comandos recebidos dos núcleos, pontinos e bulbares, áreas remotas, fibras, revestimento que atua no neuro-eixo, para baixo, que tornarão os movimentos da mandíbula mais eficientes, seguido dos lábios por coordenação indireta das vias cerebelares, que apresentam habilidade e coordenação adequada para articular a fala.

Simultaneamente, esse processo aumenta, paulatinamente, com áreas corticiais, com formação lobotemporal e frontal, para se conectarem com as possíveis áreas motoras. E, dentro da desenvoltura desse processo, observa-se paralelamente a manutenção cerebelar, para garantirem a coordenação adequada.

O cérebro humano tem que ser anátomo-funcionalmente normal, para o desenvolvimento da fala-linguagem. O sistema anatômico cerebral mostra aspectos variados, sob várias denominações, inclusive de seus descobridores, onde uma entre áreas e hemisférios, é a área de Broca, que a partir de pesquisas do francês Pierre Paul Broca, surge em 1861. A descoberta e a confirmação de que ela seria responsável pela expressão da fala, levou a homenagear o cientista denominando-a de área de Broca.

O homem como nasce não se basta, precisa de interagir com o que lhe rodeia. Desse modo, a comunicação é uma forma que lhe revela, pelo pensamento e linguagem, diferentes situações ao que sentem e percebem na natureza e sociedade.

Liete Oliveira

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