quarta-feira, 2 de abril de 2008

Educação

Contexto da Orientação Sexual na Escola

A escola é a sede de informações, ensinamento e troca de conhecimentos. Ela simboliza como espaço vital do aluno, a busca à respostas para inúmeras perguntas. Entretanto, no momento de inserir conhecimentos, mesmo que elementares ou básicos desse tema, cabe aos educadores, também, se revestirem do olhar investigador do estado de maturidade, psicológico, faixa etária e nível cognitivo da criança que recebe a orientação sexual. Neste momento o educador deverá estar certo da abordagem e material didático pedagógico a ser utilizado, subtraindo, acrescentando e argüindo assuntos desvelados no tema, conscientemente e compreensivelmente em sua exposição àqueles que o escutam.

A Educação Sexual é abrangente, envolvendo a história da procriação, desenvolvimento, funcionalidade, saúde e outros, por estar ligada intimamente ao efeito que o sexo produz. Segundo especialistas ela caiu em desuso e, na escola, se apresenta como Orientação Sexual, que se defini como instrumento de esclarecimento, conhecimento, prevenção, que deve ser discutida na comunidade, escola e família.

Nessa atual conjuntura a educação vem promovendo mudanças e, ao abordarmos o assunto, que se transformou em disciplina, observamos que, neste momento, a execução da Educação Sexual pela Orientação Sexual, se apresenta dentro do contexto da meta informativa que a escola se propõe.

Essa forma de abordagem se difunde nos profissionais da educação, permanecendo o entendimento de que seria um tema abordado por psicólogos, porém sendo remetida ao educador preparado e com possibilidade a desenvolver a temática, por se aproximar da Educação Sexual. Entretanto, a Orientação Sexual é abrangente e o educador a desenvolve sistematicamente, numa abordagem natural e satisfatória ao momento.

Entende-se que a Orientação Sexual promove a complementação de informações necessárias e definidas no lar. Apresentam-se no contexto do desenvolvimento da saúde reprodutiva, relações interpessoais, afetividade, imagem corporal, gênero, fisiologia, sociologia, psicologia e questões espirituais ligadas ao cognitivo e comportamental que remete a definição de uma comunicação plena e de posicionamentos responsáveis.

A Orientação Sexual se formata aos moldes da facilitação e entendimento das necessidades de esclarecimentos, como ocorre em outros estímulos, ao utilizarmos informações básicas de educação sobre o trânsito, saúde bucal, lidar com dinheiro, horários e, em fim, lembrando que a sexualidade é, também, um estimulo na criança e é fundamental que seja esclarecido e orientado. Os especialistas afirmam que na escola o presente contexto, é como se as informações na Orientação Sexual se apresentasse como nova versão da Educação Sexual.

É importante, ainda, a consciência do educador no seu desempenho. Dispensadas as formalidades, deve acontecer com critério, no contexto geral, desde que solicitado sem momentos determinados a parar para falar sobre sexo. Fundamentam-se em dispensar constrangimentos e excessos, dando importância às dificuldades sem contextualização ou focalização no assunto. A meta é a possibilidade do desenvolvimento de um trabalho educativo, pessoal e humano, transformando as limitações em alcance das propostas de intervenção, que a Orientação Sexual se dispõe. Mesmo sujeita a análise e avaliações inconvenientes, à escola não pode fugir ao seu papel dentro da questão sexual, diante da atual conjuntura social e econômica, onde vimos a cidadania como direito de todos.

A esse ritual de informações junta-se a observação da proteção, do respeito e zelo pelo corpo, acompanhada, dentro das possibilidades, o enfoque às DST’s, gravidez precoce, aborto, gravidez involuntária, que representam o reflexo da necessidade da Orientação Sexual com parcerias, que possam reverter a mudança do quadro que envolve a questão sexual instalada à mulher, ao menor e ao adolescente.

Sociologicamente visualiza-se uma situação tão somente constrangedora, como preocupante, a despeito da situação prejudicial, na medida em que essa criança, na sua meninice, não lhe é permitida viver usufruindo suas fases cognitivas e emocionais completas, mesmo que amparadas por Lei de fato e de direito. Essa situação as constrangem, ceifando seus momentos, fazendo com que a desestrutura social e econômica avance, vindo a sucumbir as fases que biologicamente e psicologicamente todo individuo tem direito.

A escola, em benefício dessa criança, deve se conscientizar de mais esse acréscimo no seu papel, em que o educador, num futuro breve, terá uma resposta, através do desenvolvimento e reflexos, no aspecto do comportamento dessa criança ou jovem na sociedade.

Liete Oliveira

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