quarta-feira, 2 de abril de 2008


Unificação de Ideal


A realidade não é de hoje e segue a receita da miséria e violência, que gera as mais variadas indignações e círculo de horrores. Entretanto, a cada um cabe uma parcela de colaboração.

As estatísticas nos mostram que a corrida, sem critério, ao sucesso e superações são as principais razões das distorções sociais.

Vivemos não só cativos de nossas próprias superações, mas, também, de todas que a sociedade nos imputa, levando-nos a maratona para alcance do sucesso e sobrevivência.

É hora de darmos um basta! Porque não sermos plenamente sucedidos e realizados? Certamente isso ainda vai custar muito, mas porque não começamos já, agora. É só dosarmos o egoísmo e a vaidade, existente em nós, deixando proliferar o amor. Esse amor, por nós, para que possamos transferi-lo, dividi-lo, soma-lo ao nosso próximo que, se apresenta em vários contextos e, um deles, é a família.

Não é de agora que a família é o núcleo, não só formador, mas, também, responsável pela saúde dos sentimentos de seus elementos que, através de suas atitudes, refletem as condições à que a sociedade se encontra.

A questão, que dirime o estado emergente, a que as crianças e jovens se encontram, urge e transcende ao ECA, Conselho Tutelar, e todas as formas de Lei, que se referem a essa camada inconseqüente por divagar no tumulto da discórdia do lar, numa dosagem e posologia errada de orientação, provocando a distorção de comportamento e personalidade, deflagrando modos e atitudes que incorrem na necessidade da mais alta correção, mesmo no momento mais bonito e fugaz de suas vidas.

Se torna necessária uma ampla , conjunta e comprometida reflexão dos seguimentos, que envolvem e promovem o desenvolvimento desse ser, dentro da convicção que os desajustes e descaracterização de valores éticos e sociais, que se apresentam durante toda a evolução e desenvolvimento desse ser, o qual, desprotegido, desamparado e desinformado, tende a singrar por uma estrada sinuosa com rumo incerto e duvidoso.

Quem sabe agora, sobrepujando o amor, reconhecido como o âmago desse reflexo social, poderemos iniciar um trabalho conjunto e participativo: escola x família, na certeza de que, esse é o caminho que leva e mostra aos nossos jovens, a consciência de seu estado e participação na sociedade. Essa sociedade, mesclada de injustiça, intolerância, selvageria, transformações de conceitos que, quando próximos de nós, nos indignam, desesperam, numa incredulidade de que possa estar acontecendo conosco.

Esse problema pode ser corrigido, minimizado através da dedicação, unificação e amor conjunto, reservando um tempo, por pequeno que seja, as necessidades de nossos filhos. Essa é a nossa real parcela, como expressão, de transformação de núcleos sem rumo na sociedade.

Liete Oliveira

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