sexta-feira, 18 de abril de 2008

Segundo Historiadores: o inglês Kenneth Maxwell e o carioca Marcos Antônio Correa

COMO FICA NOSSA HISTÓRIA ?

Ao longo dos séculos foi inculcada em nossa História o desejo de liberdade nutrido por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, através do movimento chamado “Inconfidência Mineira”, em Minas Gerais.

Detalhada sua biografia, sua condição e seu desejo no distante movimento revolucionário, que lhe custou a cabeça em 21 de Abril de 1792, num contexto de feito heróico em defesa da degradação e pobreza, que a colônia brasileira se submetia a Portugal.

Apesar da historiografia oficial considerar a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, como um marco na luta pela libertação do Brasil, surge em novos estudos históricos uma diferente Inconfidência Mineira, que não é narrada nos livros didáticos.

A obra “A devassa da devassa”, tem como autor, o historiador inglês Kenneth Maxwell, da editora Terra Paz, Rio de Janeiro, 2ª edição de 1978, e revela essa parte da nossa História como uma conspiração mineira, em movimento basicamente de oligarquias ao interesse da oligarquia, onde o povo se apresenta como justificativa ao movimento sem, contudo, objetivar a independência do Brasil e sim de Minas Gerais.

Nesses novos estudos aparece um outro Tiradentes sem liderança, sem glória, sem barba e sem conhecimento pleno dos planos do movimento.

Por outro lado, o jornal A Folha de São Paulo publicou um artigo em 21 de Abril de 1998, comentando a cerca de que os estudos do historiador carioca Marcos Antônio Correa, revela que Tiradentes não morreu enforcado em 21 de Abril de 1792. Essa informação parte da suspeição ao ver a lista de presença da Assembléia Nacional Francesa de 1793, que apresenta a assinatura de tal Joaquim José da Silva Xavier, que por estudo grafotécnico permitiu a conclusão de se tratar de Tiradentes. Segundo Correa, no lugar de Tiradentes foi colocado um ladrão condenado que, em troca, a justiça daria ajuda financeira à sua família. Em compensação, Tiradentes teria ajuda da maçonaria e testemunhas para sua morte que causa surpresa, mas que se confirma pela revelação de Martim Francisco (irmão de José Bonifácio de Andrade e Silva) que confirma ter sido Tiradentes salvo pelo poeta Cruz Silva, maçom, amigo dos inconfidentes e Juiz da Devassa, sendo colocada essa outra pessoa, com o sumiço da cabeça, após o esquartejamento, para que não houvesse identificação.

Tiradentes teria embarcado incógnito para Lisboa em Agosto de 1792.

E como fica a frase célebre que causou sua notabilidade:
”Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria pelo Brasil”. Tiradentes ?

Liete Oliveira

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