sábado, 14 de março de 2009

GOLDA MEIR

Proveniente de uma humilde família judaica, Golda nasce em Kiev, a 3 de Maio de 1898.
Emigrou com a família para Milwakee, E.U.A. , em 1906, onde foi professora primária e delegada da secção americana do Congresso Judaico Mundial.
Casou-se com Morris Myerson, e em 1921 emigrou, novamente, para a Palestina, onde se tornou membro do Kibbutz de Marnavia, do partido trabalhista Mapai e militou também no Histadruth (confederação Geral do Trabalho), passando a ser a sua representante no estrangeiro, entre 1932 e 1934, nos E.U.A. .
Foi também uma das fundadoras do Estado de Israel, que se dotou de instituições democráticas, onde existia uma câmara única - Knessel- e se fundaram vários partidos políticos.O Mapai, que já foi referido atrás, o Ahduth Haavoda (União do Trabalho) e o Rafi (Movimento de Esquerda) fundiram-se em Julho de 1968, com o objectivo de formarem o Partido Trabalhista. Passado um ano, esse Partido uniu-se ao Mapam (Partido Operário Unificado) constituindo, assim, a Maarakh (Frente Operária) que funcionava como uma aliança eleitoral.
Golda foi nomeada embaixadora de Israel em Moscovo, pelo Primeiro-Ministro, David Ben Gurion.Após a morte do Presidente Levi Eshkol, 1969, Golda formou um governo, onde foi Primeira-Ministra de Israel (1969-1974).
Golda Meir, durante esse período, ignorou, as resoluções da ONU quanto à anexação israelita de Jerusalém oriental, e os acordos de paz com os regimes árabes. Ainda aplicou uma política de medidas extremas contra a OLP e contra todos os países que acolhessem os seus refugiados.Devido ao não seguimento dessas directrizes, a 6 de Outubro de 1973, iniciou-se a quarta guerra Israelo-árabe – “Guerra do Yom Kippur”. Devido à intervenção americana, Egípcios e Israelitas aceitam a 25 de Outubro de 1973 uma acordo de cessar-fogo.Golda Meir apresenta a sua demissão em Abril de 1974, devido às violentas críticas sobre a actuação na Guerra do Yom Kippur, e pelos baixos resultados obtidos nas eleições pelo Partido Trabalhista.Voltou ao mundo da política como dirigente do seu partido, a 5 de Março de 1976, e nesse mesmo ano publica a sua autobiografia, no livro “A minha vida”.Morre no dia 8 de Dezembro de 1978, em Jerusalém, com cancro.
=A Idade Contemporânea ficou marcada pela luta social de largas massas femininas, pois as mulheres consciencializaram-se da sua situação discriminatória na sociedade. Esta luta social expressa-se por múltiplas ações comuns e em grande parte de formas de organização e movimentos. O objetivo desta luta diversificada das mulheres é a sua aspiração à emancipação e à mudança para um estatuto social mais dignificante.
As conquistas democráticas conseguidas com o 25 de Abril, 1974, tiveram uma contribuição de grande relevo da mulher, que participou de forma ativa e corajosa na luta reivindicativa econômica e social, a defender a liberdade.
O mérito de ter tomado as primeiras medidas verdadeiramente a favor da emancipação da mulher, fica para o primeiro governo operário da história, a Comuna de Paris.
Ainda assim, não desapareceram de súbito os preconceitos sobre a mulher, pois esses preconceitos têm na maior parte uma raiz histórica que não reside na essência do sistema socioeconômico.
Apesar do grande atraso socioeconômico herdado da era colonial e da exploração neocolonialista, liquidaram-se em vários países a poligamia e o casamento de menores contratado por familiares, combateu-se o analfabetismo e elevou-se o nível de cultura das mulheres.
O dia 8 de Março é também um símbolo de luta revolucionária que se transformou numa jornada mundial de ação das mulheres pelos seus direitos próprios e contra todas as formas de discriminação.
Para as mulheres conquistarem o direito de voto, tiveram que percorrer um longo caminho. Tiveram que lutar contra os preconceitos dos homens que julgavam que as mulheres não serviam para absolutamente mais nada, a não ser, tratar da casa e dos filhos.
Pois bem, as mulheres sabiam que eram capazes de fazer tudo o que um homem conseguia fazer, como tal, começaram a formar-se movimentos, que tinham como primeiro objetivo, desde o pós-Revolução Industrial, lutar pelo direito do voto feminino.
Foi nos ideais democráticos de inspiração iluminista que as primeiras feministas encontraram algo de propicio às suas reivindicações: As mulheres não tinham uma participação ativa na sociedade.
Este preconceito vinha já da Grécia Clássica, onde as mulheres não podiam exercer o direito de voto.
As sufragistas, como eram chamadas as primeiras ativistas do feminismo, iniciaram no século XIX, em 1897, um movimento no Reino Unido a favor da concessão às mulheres do direito ao voto. Foi assim fundada a União Nacional pelo Sufrágio Feminino, por Millicent Fawcett. Este movimento inicialmente pacifico, questionava o facto de as mulheres serem consideradas capazes de assumirem cargos importantes na sociedade inglesa.
A maioria dos parlamentares de Inglaterra acreditava que as mulheres eram incapazes de compreender o funcionamento do Parlamento Britânico.
Ainda assim o movimento feminino ganhou e as suas ativistas passaram a ser conhecidas por pertencentes à União Social e Politica das Mulheres. Este movimento (WSPU- Women’s Social and Political Union), fundado por Emmeline Pankhurst, pretendeu revelar o ceticismo institucional na sociedade britânica.
Emmeline Pankhurst foi presa inúmeras vezes por pequenas infrações e inspirou membros do grupo a fazerem greve de fome. Mais tarde, foram alimentadas à força, o que fez com que ficassem doentes, o que veio chamar a atenção para a brutalidade do sistema legal. Tiveram algum sucesso com a aprovação do “Representation of the People Act” de 1918, que veio a estabelecer o voto no Reino Unido.
Com este pequeno sucesso, esta lei visava também inspirar muitas outras mulheres noutros países para que lutassem pelos seus direitos, principalmente, pelo direito ao voto. Por mais que a opressão feminina seja ainda uma cruel realidade em alguns países, as mulheres têm direito ao voto e à participação política ampla na maioria dos países do mundo. Embora em países como o Kuwait, por exemplo, haja ainda movimentos que reproduzem as mesmas lutas das sufragistas do século XIX, na tentativa de forçar o governo daquele país a mudar a suas legislação eleitoral e adotar o voto universal em pleno século XXI.
Feminismo: “sistema dos que preconizam a igualdade dos direitos do homem e da mulher”: é esta a definição de feminismo com que nos deparamos num dicionário, no entanto, ao falarmos em feminismo, referimo-nos a uma doutrina que se refletiu em movimentos sociais.
Só se pode falar em reivindicação dos direitos da mulher a partir do século XVIII, graças ao Iluminismo e à Revolução Francesa. Datam dessa época as primeiras obras de caráter feminista, escritas por mulheres como as inglesas Mary Wortley Montagu (1689-1762) e Mary Wollstonecraft (1792), "A Vindication of the Rights of a Woman", que propunha a igualdade de oportunidades na educação, no trabalho e na política.
No século XIX, no contexto da Revolução Industrial, o número de mulheres empregadas aumentou significativamente. Foi a partir desse momento, também, que as ideologias socialistas se consolidaram, de modo que o feminismo se fortificou como um aliado do movimento operário. Nesse contexto realizou-se a primeira convenção dos direitos da mulher em Seneca Falls, Nova York em 1848. Também em Nova York, em 1857, aconteceu o movimento grevista feminino que, reprimido pela polícia, resultou num incêndio que ocasionou a morte de 129 operárias, justamente no dia 8 de Março (Dia Internacional da Mulher).
O direito ao voto foi obtido pelas mulheres do mundo ocidental no início do século XX.
Liete Oliveira

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