sábado, 14 de março de 2009

Nessa época aconteceu o redescobrimento das formas do corpo da mulher, através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias diferentemente dos anos 20, que havia destruído as formas femininas.

Os cabelos começaram a crescer assim como, o comprimento das saias. Os vestidos eram justos e direitos, além de possuírem uma pequena capa ou um bolero, também bastante usado na época. Devido o tempo ser de crise passaram a utilizar materiais mais baratos, usados na confecção de vestidos de noite, como o algodão e a caxemira.

Os anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de atenção apresentaram roupas com corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite que ficaram como marcante. Alguns especuladores acreditam que foi a evolução dos trajes de banho a grande inspiração para tais roupas decotadas. Nessa época a moda descobriu o desporto, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados procuravam lugares à beira-mar para passar períodos de férias. Seguindo as exigências das atividades desportivas, os saiotes de praia diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura, assim como alguns modelos de vestidos de noite.
O modelo de beleza dessa época era da atriz Greta Garbo. A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada e desportiva. O seu visual sofisticado, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi também muito imitado pelas mulheres. Aliás, o cinema foi o grande referencial de disseminação dos novos costumes. Hollywood, através de suas estrelas, como Katharine Hepburn e Marlene Dietrich, influenciaram milhares de mulheres.
Com a popularização da prática de desportos surgem alguns modelos novos de roupas como o short, que surgiu a partir do uso da bicicleta. Os estilistas também criaram páreos estampados, roupas de banho e sweaters.

Os óculos escuros surgiram nessa década e tornaram-se um acessório de moda de interesse da mulheres. Eles eram muito usados pelos artistas de cinema e da música.

O italiano Salvatore Ferragamo, um dos principais criadores de sapatos, em 1935, lançou a sua marca, que viria a transformar-se num dos impérios do luxo italiano utilizado pelas mulheres. A sua principal invenção foi a palmilha compensada.

Ferragamo começou a usar materiais mais baratos, como o cânhamo, a palha e os primeiros materiais sintéticos devido a crise que se instalou na Europa. Entretanto, Gabrielle Chanel continuava a ser um sucesso, assim como Madeleine Vionnet e Jeanne Lanvin, porém a surpreendente italiana Elsa Schiaparelli iniciou uma série de ousadias nas suas criações, inspiradas no surrealismo. Destaca-se também Mainbocher, o primeiro estilista americano a fazer sucesso em Paris. Os seus modelos, em geral, eram sérios e elegantes, inspirados no corte enviesado de Vionnet. Todos voltados a atender as mulheres.

Como a volta da valorização do corpo feminino, os seios também voltaram a ter forma, e aí então à mulher recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível que marcavam as formas, porém naturalmente. Seguindo a linha clássica, tudo o que era simples e harmonioso passou a ser valorizado, sempre de forma natural.

Ao fim dos anos 30, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, que se iniciou na Europa em 1939, começou a preparação para dias difíceis. As roupas já apresentavam uma linha militar, assim como algumas peças como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.

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